Uma série de motivos tem levado cada vez mais países a aderir à prática de armazenamento de energia – e a tendência, segundo a BloombergNEF (BNEF), é que ela se expanda cada vez mais. Mercados como os dos Estados Unidos, China, Reino Unido, Índia e Alemanha adotam essa operação em meio a compromissos climáticos, políticas de apoio e uma crescente necessidade de recursos flexíveis em seus territórios.
Junte-se a isso, a degradação do meio ambiente que tem acelerado a diminuição dos recursos naturais.
Como já citado, muitos países já estão investindo pesado no armazenamento de energia. Segundo a BNEF, os sistemas de armazenamento no mundo atingirão 358 GW/1.028 GWh até 2030, um marco 20 vezes maior do que os 17 gigawatts/34 GWh do fim de 2020. Além disso, projetos de armazenamento que envolvem energias renováveis, especialmente a solar, estão se popularizando por todo o planeta.
Demanda crescente por energia limpa
Segundo os mesmos dados da BNEF, o volume global atual acumulado no armazenamento de energia é maior do que a capacidade do Japão em produzir sua energia em todo ano de 2020. E olha que estamos falando de um país desenvolvido que tem como característica ser um exemplo no uso da tecnologia, área que necessita de muitas fontes de energia para desenvolver suas atividades.
O armazenamento de energia tem como pilar fontes de energia limpa, como a solar e a eólica. Mas tem um porém: a produção dessas energias esbarra quando essas fontes não estão em operação, como a chegada da noite, caso da energia solar, e a falta de ventos que impedem a movimentação das hélices para gerar a energia eólica.
Por isso, quando as fontes de energia limpa estão em operação, toda energia produzida precisa ser armazenada para que seja utilizada pelos consumidores. Mas como fazer a energia limpa, aquela que é gerada e está armazenada chegar até às pessoas? É aí que um novo caminho tecnológico está sendo aberto: a produção de baterias cada vez melhores. São elas que serão responsáveis por fazer um eletrodoméstico funcionar na casa do consumidor, ou para fazer o carro elétrico ter autonomia suficiente para rodar por horas.
O papel das baterias no armazenamento de energia
Se hoje, as baterias químicas de íon de lítio possuem autonomia superior às das gerações anteriores, despontam no horizonte as baterias de íon de sódio, com um desempenho tão bom (ou até superior) que às de lítio.
No cenário atual, as baterias químicas já citadas podem muito bem dar conta do recado, mas é questão de tempo para que a tecnologia evolua e as baterias – necessárias para armazenar e fornecer energia – fiquem cada vez mais eficientes e com maior capacidade de abastecimento.
Segundo a BNEF, há estudos de novas tecnologias que vão dispensar o uso das baterias químicas. Entre as novidades em desenvolvimento estão as baterias que armazenam ar comprimido e as que utilizam a energia térmica. Esses novos estudos prometem maior capacidade de armazenamento e, com isso, proporcionar maior comodidade e conforto aos usuários.
Como vimos, o armazenamento de energia, com a utilização das energias solar e eólica, está sendo a melhor alternativa diante dos desafios climáticos que estamos enfrentando hoje. Na COP 26 muitos países se comprometeram a reduzir drasticamente o uso de energia não renovável. Somente se houver investimento maciço, novas tecnologias forem desenvolvidas e baterias mais eficientes surgirem, será possível cumprir esta redução no consumo de energia não renovável.